BEM-ESTAR

sábado, 23 de maio de 2009

FÁTIMA 1940

Lembro perfeitamente a minha primeira caminhada. Eu vivia ali a 7 km e tinha 7 anos de idade. Os caminhos eram maus e o meio de transporte, os pés. Ouvira muitas vezes minha saudosa mãe (ela esteve em Fátima todos os meses das aparições menos, claro, a primeira de Maio de 1917) falar de Fátima com especial destaque do dito milagre do sol em 13 de Outubro.
Era um espaço com muitas pedras, algumas oliveiras e azinheiras. A Basílica creio que estava começando a ser construída. Perto do sítio onde é hoje o fundo da escadaria, estava uma espécie de barracão com bancos de madeira rudimentares. Ali se realizavam as cerimónias nos dias 13.
Penso que já existia, um pouco para o lado esquerdo a chamada capela das confissões.
Para quem queria participar na Missa, para poder comungar, era regra o jejum absoluto desde a meia noite. Quando, depois da procissão do adeus íamos finalmente almoçar era na tasca do coelho. Comíamos um bom pedaço de coelho que minha mãe cozinhara na véspera com um bom pedaço de pão e para justificar os bancos que ocupávamos na taberna, pedíamos um jarro de vinho branco. Talvez pelo muito apetite, nunca esquecerei o sabor daquela refeição.

Continua.....